Nada pode parar o progresso:
nem o protesto de quem paga
as contas, segura as pontas,
anda na linha de quem manda
no deus do mundo, e lamenta
agora, aos cuidados
de colegas fardados,
seus parentes
comprados pelo medo,
pelo dedo do engano:
plano de fundo,
sonhos imundos
de sangue, controle,
fogo e desumanidade.
Cidade em chamas,
corpos desfeitos
e falsas imagens
descendo do alto:
quem riu
daqueles arautos,
chora como nunca
antes.
E para quem quer dominar todo mundo,
nem todo dinheiro do mundo bastaria.